segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Há 85 anos atrás, no dia 30 de novembro, falecia Fernando Pessoa!



 

Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 — Lisboa, 30 de novembro de 1935) foi um poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentarista político português.

Fernando Pessoa é o mais universal poeta português. Por ter sido educado na África do Sul, numa escola católica irlandesa, chegou a ter maior familiaridade com o idioma inglês do que com o português ao escrever os seus primeiros poemas nesse idioma. 

Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa e apenas uma em língua portuguesa, intitulada Mensagem.[

 Fernando Pessoa traduziu várias obras em inglês (e.g., de Shakespeare e Edgar Allan Poe) para o português, e obras portuguesas, nomeadamente de António Botto e Almada Negreiros,  para o inglês.

Enquanto poeta, escreveu sob diversas personalidades – heterónimos, como Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro. 

Fonte: Wikipédia


Se, depois de eu morrer...

Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas --- a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.

Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as coisas sem sentimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso fui o único poeta da Natureza.

                                         Alberto Caeiro

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

26 de novembro - Dia de Ação de Graças


O Dia de Ação de Graças (AO 1945: Dia de Acção de Graças), conhecido em inglês como Thanksgiving Day, é um feriado celebrado sobretudo nos Estados Unidos, no Canadá e nas ilhas do Caribe, observado como um dia de gratidão a Deus, com orações e festas, pelos bons acontecimentos ocorridos durante o ano.
Fonte:wikipédia

EXPOSIÇÃO DINAMIZADAS PELOS PROFESSORES DE INGLÊS DA ESMA





 

25 de novembro - Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres




segunda-feira, 16 de novembro de 2020

16 de novembro - Dia Nacional do Mar


Celebra-se hoje o  Dia Nacional do Mar.



A data assinala o facto da «Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar» ter entrado em vigor a 16 de novembro de 1994, tendo sido ratificada por Portugal em 1997.

Esta convenção é muito importante, pois é a partir dela que são estabelecidos, entre outros, os limites marítimos inerentes à Zona Económica Exclusiva e à Plataforma Continental.
O mar assume uma importância estratégica para Portugal, sendo um setor vital para a economia portuguesa e para o produto interno bruto (PIB).De acordo com dados divulgados em 2013, o mar português dá trabalho a 100 mil pessoas e representa uma riqueza anual de 8 mil milhões de euros.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Dia de S. Martinho

Aqui assinalamos, como é hábito, o Dia de S. Martinho. Este ano celebrado sem as tradicionais castanhas e sem o calor do convívio à volta da mesa. 








sábado, 7 de novembro de 2020

Programa "O Mundo à Nossa Volta - Cinema, Cem anos de Juventude"

A ESMA encontra-se a participar, pelo terceiro ano consecutivo, no programa pedagógico “O Mundo à Nossa Volta/Cinema, Cem Anos de Juventude”, a convite da Câmara Municipal de Sintra, autarquia parceira neste projeto internacional coordenado pela Cinemateca Francesa e que envolve 15 países (França, Portugal, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Itália, Bulgária, Lituânia,. Finlândia, Brasil, México, Argentina, Índia e Japão), sendo que no nosso país são 9 as escolas participantes. 

O programa está a ser desenvolvido no presente ano com a turma 10.º9, tendo as sessões começado no dia 19 de outubro, com o acompanhamento quinzenal do cineasta Luís Alves de Matos. 

 De sublinhar que o programa é coordenado em Portugal pela Associação Cultural “Os filhos de Lumi- ère”, em parceria com a Cinemateca Portuguesa.











quinta-feira, 5 de novembro de 2020

5 de novembro - Dia Mundial do Cinema

"Em 05 de novembro celebra-se anualmente o Dia Mundial do Cinema.

cinema

Ao cinema atribuiu-se o título de Sétima Arte, uma designação dada pelo italiano Ricciotto Canudo na obra Manifesto das Sete Artes, em 1912.

A palavra cinema pode ser definida como movimento gravado, pois trata-se de uma abreviação de cinematógrafo. O termo "cine", de origem grega, significa movimento, e o sufixo "ágrafo", tem significado de gravar.

Em 1895, Paris teve a primeira sessão pública de cinema, que foi organizada pelos irmãos Auguste e Louis Lumière. Utilizando um aparelho chamado de cinematógrafo, imagens em movimento foram projetadas numa tela para cerca de 30 espetadores.

Georges Mèliés inseriu a performance teatral na linguagem cinematográfica. Baseado na obra de Júlio Verne criou o filme Viagem à Lua, exibido em 1902, que levou o cinema a um novo patamar devido o uso de "efeitos especiais".

A partir de então, o cinema cresceu como forma de contar histórias, difundir a cultura e propagar o conhecimento. O desenvolvimento de equipamentos e a evolução tecnológica permitiram que a arte se aproximasse do público cada vez mais com realismo."                                                                                                   

                                                                                                         https://www.calendarr.com/

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Visita Guiada à Mediateca Escolar

 Realizou-se entre 8  e 16 de outubro a habitual Visita Guiada à Mediateca Escolar, para  as turmas de 10.º ano (ensino regular e profissional) e de 9.º ano (do 9.º 5 ao 9.º 10).

Deu-se particular relevo às novas regras de utilização deste espaço, atendendo ao contexto de pandemia que vivemos, por forma a garantir a segurança de todos.











Dia Mundial da Alimentação

 




"O Dia Mundial da Alimentação é um apelo global à Erradicação da Fome, por um mundo em que alimentos nutritivos estejam disponíveis e sejam acessíveis a todos, em qualquer lugar.

Hoje, porém, mais de 820 milhões de pessoas não têm alimentos suficientes e a emergência climática é uma ameaça crescente à segurança alimentar. Enquanto isso, dois mil milhões de homens, mulheres e crianças têm sobrepeso ou são obesos.

As dietas não saudáveis apresentam um enorme risco de doenças e morte.

É inaceitável que a fome esteja a aumentar num momento em que o mundo desperdiça mais de mil milhões de toneladas de alimentos por ano.
Enquanto família humana, a nossa prioridade é um mundo sem fome"

Está na hora de mudar a forma como produzimos e consumimos, inclusive para reduzir as emissões de efeito estufa. A transformação dos sistemas alimentares é crucial para o cumprimento de todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

É por isso que planeio convocar uma Cimeira de Sistemas Alimentares em 2021 como parte da Década de Ação para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.


 https://unric.org/pt

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Formação Ubuntu para professores

 Decorreu nos dias 6 e 7, na Mediateca Escolar, a Formação Ubuntu para professores, dinamizadas pela Academia de Líderes Ubuntu.

"A palavra “UBUNTU” é uma combinação de dois termos: “Ntu”, que significa pessoa e “Ubu”, que significa tornar-se.

O método Ubuntu leva-nos ao desenvolvimento de cinco competências chave, centrais do desenvolvimento humano: tornar-se pessoa. A primeira etapa foca-se nas competências pessoais [ Autoconhecimento, Autoconfiança e Resiliência ] e a segunda reforça competências sociais e relacionais [ Empatia e Serviço ]."

Fonte: https://www.academialideresubuntu.org/pt/







 

Ler em tempo de pandemia


 

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Mediateca Escolar, como sempre ao serviço da Comunidade Educativa

As Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Agualva Mira continuam abertas e ao serviço da comunidade educativa. Naturalmente que nestes tempos de Pandemia teve que adaptar o seu funcionamento ao novo contexto e adoptar procedimentos que visam assegurar a segurança de todos nós. Deste modo, publicamos aqui as infografias que sintetisam as regras que constam do Regimento de Contigência das Bibliotecas Escolares do nosso agrupamento:

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Santo António de Lisboa




Santo António de Lisboa (1195?-1231) escolheu a vida religiosa aos vinte anos. Grande erudito é ainda hoje considerado uma figura central dos franciscanos.
Nasceu em Lisboa, em 1191 ou 1195, e teve como nome de batismo Fernando.

Aos vinte anos escolheu a vida religiosa e começou por se juntar aos frades dominicanos, mas quando conhece S. Francisco Xavier fica fascinado com a nova ordem e veste o hábito dos franciscanos.

Viveu em Portugal, França e Itália.

Erudito é ainda hoje considerada figura central dos franciscanos. Morreu em Pádua, Itália, e foi canonizado em 1232.

Padre António Vieira, defensor dos índios e dos escravos negros



O profundo humanista que foi Padre António Vieira não podia ficar indiferente à brutalidade com que os ameríndios e os escravos negros eram tratados no Brasil. Uma prática, aliás, consentida por toda a Europa colonizadora. O missionário tudo viu e tudo denunciou na corte portuguesa. O que pedia era dignidade e tolerância para com os povos subjugados. Os índios chamavam-lhe o «Padre Grande».
Ainda não tinha chegado aos vinte anos e já António Vieira missionava entre os índios e os escravos negros nos arredores da Baía, então capital do Brasil. Sabia o suficiente das línguas tribais – o tupi-guarani e o quimbundo – para espalhar a palavra de Deus e converter as almas simples ao projeto da cristandade. Aqui, junto destas comunidades, começa a ensaiar o estilo dos sermões que o hão de tornar famoso. O trabalho de evangelização aproxima-o destes povos; a eles se afeiçoa e dedica e por eles é respeitado.

Payassu, o Padre Grande, como é conhecido entre os indígenas, vai defendê-los junto do rei, reclamar que sejam tratados como seres humanos e não como animais de carga. As barbaridades praticadas pelos colonos brancos são um atentado à consciência humanista do padre jesuíta.

As denúncias constantes resultam na fúria dos senhores e num decreto-lei que impede a “escravidão feroz”. Mas, como aqui é explicado pelo professor José Pedro Paiva, do Instituto de História e Teoria das Ideias da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Padre António Vieira, ao contrário do que se diz e pensa, não chegou a propor a abolição da escravatura, até porque no seu tempo, no século XVII, era um mal necessário à produção de riqueza na Europa.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Quem és tu Luís Vaz de Camões?

https://ensina.rtp.pt/artigo/quem-es-tu-luis-vaz/?fbclid=IwAR2OKdCg10MMEk_doB1glemP0O-dI8T98Bhm3TUehk1sKHzhM71ZVg3cLDo br /> Nasceu em Chaves? Passou por Coimbra? Viveu em Constância? Lutou em Marrocos? Os registos não existem e a genialidade da obra deixa o mito crescer e consolidar-se. Quem foi então Camões, o homem? Que vida terrena teve este deus das letras portuguesas?
Na biografia incessantemente revolvida e pesquisada de Luis de Camões as certezas são muito poucas. A passagem pela Universidade de Coimbra infere-se de uma cultura literária profunda que perpassa a obra escrita e também do parentesco com D. Bento de Camões, que terá sido chanceler na academia.

Registos, esses, não os há.  Como não existem os que provem o sítio onde nasceu, as casas onde viveu ou os sítios por onde passou e terá vivido aventuras, mas onde nem sempre, quase nunca, terá sido bem-aventurado.

Da provável origem galega da família Camões estabelecida em Chaves  até Ceuta, onde a rua mais importante detém ainda o seu nome, Luis de Camões é a figura central deste documentário onde a obra se confunde obrigatoriamente com a vida perdida na falta de registos formais.

Aqui se tenta reconstruir o percurso sinuoso de um homem que, mesmo sabendo reconhecer o seu próprio talento até ao limite de não abdicar dele, nunca o viu reconhecido na dimensão que lhe é e será devida por séculos vindouros.

Luis de Camões morreu sem poder dar-se conta de que ainda mais ínclita do que a geração real sobre a qual escreveu é a obra que deixou com “Lusíadas”. Um reconhecimento que  atravessou já séculos  e continuará a elevar a Língua Portuguesa num exemplo máximo de mestria, talento e genialidade.

Dia 10 de junho, Dia de Camões, de Portugal e dos Portugueses


 Camões
É fado nosso
é nacional
não há portugueses
há Portugal.

José de Almada Negreiros (2001). Luís, o Poeta, salva a obra a nado. Poemas. Lisboa: Assírio&Alvim

Hoje é o dia de Camões, o Luís, como lhe chama Almada Negreiros, um dos grandes Josés da literatura portuguesa.
Luís - como José, como os outros grandes nomes da literatura, da música, da arte, da cultura portuguesa – salvou a obra a nado e é a obra que vive hoje, lida pelos portugueses de hoje.
No dia 10 de junho, o Plano Nacional de Leitura convida-o a celebrar Camões, Portugal e os Portugueses, mas também a refletir sobre o que é Portugal.


Fonte: Plano Nacional de Leitura

segunda-feira, 8 de junho de 2020

8 de junho - Dia Mundial dos Oceanos

As Nações Unidas marcam neste 8 de junho o Dia Mundial dos Oceanos com foco na Inovação para um Oceano Sustentável.
Em mensagem, o secretário-geral disse que perante a atuação pelo fim da pandemia e melhor recuperação, existe uma oportunidade única e responsabilidade de corrigir a relação humana com o meio ambiente incluindo mares e oceanos.


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https://news.un.org/pt/story/2020/06/1715812

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Dia Mundial do AMBIENTE

O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado no dia 5 de junho. Foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas na resolução (XXVII) de 15 de dezembro de 1972  com a qual foi aberta a Conferência de Estocolmo, na Suécia, cujo tema central foi o Ambiente Humano. Todos os anos, nesse dia, diversas organizações da sociedade civil lançam manifestos e tomam medidas para relembrar o público geral da necessidade de preservação do meio ambiente.

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sexta-feira, 22 de maio de 2020

Dia do Autor Português

O Dia do Autor Português comemora-se anualmente a 22 de maio.
Neste dia todos os autores portugueses nas diferentes áreas artísticas estão de parabéns. Na sociedade atual, caracterizada pelo materialismo, o autor, um produtor de ideias, não costuma receber o crédito que merece.
Foi com o propósito de homenagear o autor português e destacar a sua importância no desenvolvimento da cultura e do bem-estar da comunidade que se criou esta data em 1982. Este dia assinala igualmente o aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores.
Para celebrar a efeméride realizam-se várias atividades no país, com destaque para o encontro com os autores portugueses e as iniciativas de promoção e incentivo à leitura realizadas nas bibliotecas escolares.
Todos são convidados a recordar os grandes autores portugueses neste dia ou a conhecer novos autores, desde os talentos emergentes na cena nacional aos talentos mais anónimos.

Fonte:https://www.calendarr.com/portugal/dia-do-autor-portugues/?fbclid=IwAR1fTZeUC-IvHBu5111IcSC226-576zsLCRPt6jQoamXXAk2VeA-M6e3osg

22 de maio - Dia Internacional da Biodiversidade


Dia Internacional da Biodiversidade
O  Dia Internacional da Biodiversidade celebra-se  no dia 22 de maio.
O dia visa alertar a população para a necessidade e importância da conservação da diversidade biológica.
Este Dia Internacional da Biodiversidade foi proclamado pelas Nações Unidas a 22 de maio porque foi nesta data (22 de maio de 1992) que se adotou o texto final da Convenção da Diversidade Biológica.
Todos os anos o Dia Internacional da Biodiversidade celebra-se à volta de um tema. O tema de 2020 é "Nossas soluções estão na natureza".
22 de Maio - Dia Internacional da Biodiversidade - NetMove ...

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Página no Moodle das BE´s do AEAMS

As Bibliotecas Escolares para apoiarem e articularem com os docentes, dando apoio ao desenvolvimento das diferentes literacias,  criaram na plataforma Moodle institucional, a página “Bibliotecas Escolares/Mediateca Escolar”, constituindo um instrumento de operacionalização colaborativo.
Usufruam e valorizem a sua utilização!



Plano E@A das BE´s do AEAMS

Na conjuntura atual do plano de ensino a distância, as bibliotecas escolares tiveram de se reinventar e implementaram o Plano de Ensino a Distância das Bibliotecas do Agrupamento, com o objetivo de integrar o circuito da informação da escola, criando canais para comunicar com docentes, alunos e comunidade, com atendimento síncrono e assíncrono.

Consultem-no e sempre que precisarem contactem-nos!


segunda-feira, 18 de maio de 2020

Dia Internacional dos Museus - PNL em Ação

Dia Internacional dos Museus No Dia Internacional dos Museus, muitas são as ações presenciais e online que permitem conhecer fantásticos acervos, usufruir da aproximação a estes espaços culturais, descobrir o património material e imaterial da humanidade ou participar do diálogo entre múltiplas linguagens.

http://www.pnl2027.gov.pt//np4/diamundialdosmeuseus.html

Dia Internacional dos Museus


quinta-feira, 30 de abril de 2020

Jornal "Atitudes" - Edição 89

Jornal "Atitudes - Edição 90





Como todos sabem, o jornal “Atitudes” tem privilegiado, ao longo dos anos, a publicação de notícias sobre as nossas vivências, enquanto comunidade escolar, nomeadamente, noticiando atividades que se realizam, quer no espaço escolar, quer no exterior. Dadas as circunstâncias particulares que vivemos, tal não será possível.

Deste modo, desafiamos todos (alunos, professores, funcionários e pais e encarregados de educação), a escreverem sobre as suas vivências neste tempo de pandemia, desde a experiência de ensino à distância, à vida em família, passando pela ocupação de tempos livres. O envolvimento dos alunos só será possível com a colaboração dos professores.

Assim, solicitamos aos colegas que passem a mensagem e que desafiem e motivem os alunos para escreverem os seus textos. Por que o jornal também vive de imagens, seria bom que os referidos textos fossem acompanhados por uma ou duas imagens/fotografias. Os trabalhos deverão ser enviados para o seguinte endereço: atitudes.esma@gmail.com
Muito obrigada.
A coordenação Jaime Neves e Gina Rodrigues

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Clube de LeYtura desafia José Fanha - Dia Mundial do Livro

22 de abril - Dia da Terra

O Dia da Terra, cuja finalidade é criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra, foi criado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970. 

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/1462570/no-dia-da-terra-guterres-propoe-seis-acoes-para-salvar-o-planeta

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Auschwitz: há 75 anos, os portões abriam-se para a liberdade


Auschwitz: há 75 anos, os portões abriam-se para a liberdade
D.R. // Auschwitz 2018
Os poucos milhares de prisioneiros que ainda (sobre)viviam no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau foram libertados a 27 de janeiro de 1945 pelas tropas soviética.
Quem não se juntou à ‘marcha da morte’, quem ainda se agarrava à vida dentro o mais mortífero campo de extermínio nazi, quem escapou às execuções aleatórias dos últimos dias foi salvo – ou pelo menos, foi libertado – há exatamente 75 anos, pelas tropas da União Soviética, que chegaram a Auschwitz-Birkenau para ver aquilo em que recusaram acreditar durante anos. Nesse dia, 7 500 prisioneiros agradeceram a chegada dos aliados e renovaram a esperança.
Hoje, o campo de concentração é um museu e um memorial que honra as memórias das cerca de um milhão de pessoas que ali morreram à mão das forças nazis, e que recebe cerca de dois milhões de visitas anualmente.

Países ocupados lideram visitas

Há mais de 10 anos que Auschwitz-Birkenau recebe um milhão ou mais de visitantes por ano. A liderar a tabela, têm estado os oriundos dos países ocupados durante a II Guerra Mundial, e também dos países onde existem grande comunidades judaicas: por ordem, Reino Unido, EUA, Itália, Espanha, Israel e França. Sem surpresa, os polacos são quem mais visita o memorial, com as entradas de cidadãos a representar 29,3% das visitas nos últimos 10 anos, segundo os dados compilados pela VISÃO. Nesta última década, mais de 17 milhões de pessoas já passaram pelo complexo criado pela máquina nazi.
Número total de visitantes, por ano, na última década.
Fonte: Relatórios de atividades do Museu Memorial Auschwitz-Birkenau/Visão
O início de cada visita – geralmente são sempre acompanhadas por um guia – faz-se precisamente pelos portões que todos conhecemos dos livros de História, dos filmes, dos documentários. Aqueles que encimam o lema ‘Arbeit macht frei’, ou o trabalho liberta. O silêncio que se torna ensurdecedor à medida que se percorre cada alameda rodeada de árvores verdejantes estende-se durante toda a visita, que não dura menos do que três horas.
D.R. // Auschwitz 2019
Restou muito pouco de Auschwitz-Birkenau – assim que se aperceberam da aproximação das tropas aliadas, as forças nazis começaram a encaminhar os prisioneiros para os campos de concentração mais a oeste (Bergen-Belsen, Dachau e Sachsenhausen, por exemplo), e a tentar destruir quaisquer evidências dos assassinatos em massa que ali aconteceram.
Mais de 1,3 milhões de pessoas terão entrado em Auschwitz. Dessas, 1,1 milhões pereceram lá dentro, a maioria das quais judeus.
Há poucas referências sobre portugueses em Auschwitz – uma reportagem do Público, há uns anos, descobriu alguns que teriam estado naquele campo, e que seriam emigrantes em países ocupados, à época. Hoje, são quase 10 mil os cidadãos portugueses que anualmente visitam o museu e memorial às vítimas do Holocausto – representam, na última década, cerca de 0,5% das visitas totais.
O número tem vindo a aumentar ao longo dos anos, tendo registado um pico em 2016 – tal como aconteceu com grande parte das nacionalidades europeias, possivelmente devido às Jornadas Mundiais da Juventude, que tiveram lugar em Cracóvia, a 60 km do campo, e que levaram milhares de pessoas, e o próprio Papa Francisco até ao memorial.
Evolução do número de portugueses que visitaram Auschwitz na última década
Fonte: Relatórios de atividades do Museu Memorial Auschwitz-Birkenau/Visão
Foi também em 2016, ano em Donald Trump assumiu a presidência dos EUA, que os visitantes daquele país mais visitaram Auschwitz-Birkenau, tendo-se registado um aumento de cerca de 65% em relação ao ano anterior. Os norte-americanos representaram, aliás, na última década 6,8% do total das visitas ao museu, com mais de 100 mil pessoas a entrar por aqueles portões, todos os anos.
Evolução do número de cidadãos dos EUA que visitaram Auschwitz na última década
Fonte: Relatórios de atividades do Museu Memorial Auschwitz-Birkenau/Visão
Entre 2008 e 2018, cerca de 808 mil alemães visitaram o complexo alemão na Polónia – representam 4,7% das visitas totais da década. Angela Merkel, atual chanceler da Alemanha, foi pela primeira vez ao campo de Auschwitz apenas em 2019. Na ocasião, doou 60 milhões de euros para ajudar na conservação do memorial. A responsável, que tem sido uma das principais vozes a lutar contra o anti-semitismo e que se destacou pela abertura das portas alemãs durante a crise dos refugiados, em 2015, afirmou sentir “uma profunda vergonha pelos crimes bárbaros cometidos pelos alemães”.

Sobreviver em Auschwitz

Os relatos sobre o que aconteceu em Auschwitz-Birkenau são imensos e sobejamente conhecidos: os prisioneiros chegavam, eram selecionados para trabalhar no campo ou ser enviados diretamente para a morte (destino mais provável de idosos, crianças, grávidas e doentes); os que se queriam a trabalhar por lá eram despidos, os cabelos rapados, e todos foram despojados dos seus bens. Era-lhes entregue uma farda leve e áspera, que tinham que envergar durante inverno e verão, dormiam em camaratas sobrelotadas, comiam apenas uma refeição por dia – composta por um litro de água com um pouco de gordura e um pedaço de pão.
D.R. // Auschwitz 2019
O que se encontra hoje, quando se visitam as antigas camaratas dos prisioneiros, são todos os objetos de que os soldados alemães não se conseguiram desfazer a tempo: toneladas de cabelo humano (geralmente usado para fazer tecidos usados pela alta sociedade germânica); milhares de sapatos, de óculos, roupas de crianças. Visitar o “lugar mais mortífero da terra” é uma verdadeira viagem pela História e também pelo espírito humanos. Como escreveria Primo Levi, talvez o mais famoso sobrevivente do Holocausto, “existem monstros, mas são demasiado poucos, em número, para serem realmente perigosos. Mais perigosos são os homens comuns, os funcionários prontos a acreditar e a agir sem fazer perguntas”.
Estima-se que cerca de seis mil soldados alemães trabalhassem no complexo de Auschwitz, onde se levaram a cabo experiências médicas macabras, e onde se mataram pessoas sem qualquer razão aparente. Os que não foram executados morriam de fome, ou de frio, ou de uma qualquer doença que rapidamente se tornava letal num ambiente sem quaisquer condições que promovessem a dignidade humana.
D.R. // Auschwitz 2019
Sobreviventes fotografados aquando da libertação do campo. Imagens estão expostas em Auschwitz I.
Quando as forças aliadas chegaram ao enorme complexo de Auschwitz, as cinco câmaras de gás de Birkenau tinham sido destruídas, tal como a maior parte dos pavilhões e o laboratório gerido por Josef Mengele. Os sobreviventes que receberam os soldados soviéticos estavam, muitos deles, às portas da morte – alguns não conseguiram resistir, mesmo com a ajuda das organizações humanitárias que rapidamente os receberam e trataram, tal a debilidade em que se encontravam.
Hoje, a organização que gere o Museu e o Memorial de Auschwitz-Birkenau faz questão de manter viva a memória do que se passou no maior campo de extermínio construído pelas forças alemãs. Fazem-se exposições temporárias, garante-se que tudo o que foi encontrado então está em perfeitas condições de conservação, e é mostrado a todos os visitantes, exige-se silêncio e que se pense sobre o que ali aconteceu. “Para que a tragédia não se repita”, repetem os guias, a espaços.
Com o número de sobreviventes do Holocausto a reduzir-se drasticamente devido ao passar do tempo, restam agora os seus relatos escritos, as imagens que perduram na memória e as visitas guiadas por pessoas que fazem questão de lembrar todos os que ali passam que a liberdade é um bem efémero.
Numa altura em que os movimentos de extrema-direita ganham força na Europa, recordar o Holocausto é recordar, também, quão fácil foi para o regime nazi exterminar mais de um milhão de pessoas com a conivência de militares, civis e governos internacionais que, não querendo acreditar nos relatos que lhes chegavam, preferiram ignorar durante anos que havia uma máquina de extermínio a funcionar.
Ou, como diria Edith Eva Eger, uma sobrevivente de Auschwitz, “o único lugar onde podemos exercer a nossa liberdade de escolha é no presente”.
Fonte: Revista Visão Online,  Margarida Vaqueiro Lopes (jornalista)